segunda-feira, 30 de março de 2009

Considerações finais

Conhecimento, novas experiências, interação e coletividade: As promessas foram cumpridas, e o MCD LAB #1 termina quebrando paradigmas e fazendo o seu papel de trazer à luz atuações e performances inovadoras no meio da arte e da música.

O desafio foi grande, e a luta não foi tão fácil assim. Reclamações de vizinhos intolerantes foram constantes e alguns ratos do sistema tentaram nos parar.

Mas, graças a Deus, por trás desta obra agia um Espírito de Manifesto, que não se conformava com a burocracia e com os diversos impedimentos que uma Constituição obscura e sem cabimento nos impõe.

Este foi só o primeiro, e com toda a certeza faremos de tudo pra nos superarmos na próxima edição.

Agradecemos a presença física e virtual de cada um, e queremos nos colocar a disposição para receber novas idéias: lab.mcd@gmail.com

"A arte depende, em sua execução e direção,
do tempo em que se vive, e os artistas são os criadores da sua época...” Huelsenbeck, 1918 (manifesto dadaísta)

terça-feira, 24 de março de 2009

Tintas e experimentalismo

Rolou neste domingo o workshop de serigrafia ministrado pelo estúdio SNH. Os 20 primeiros que se inscreveram puderam curtir e aprender um pouco mais sobre a arte de passar a imagem da tela para o tecido (ou papel). A serigrafia está cada vez mais fazendo parte da street art e é uma boa para quem quer comercializar seus trampos através de camisetas e telas feitas com silk-screen. Confira abaixo quem passou por lá e colocou a mão na massa produzindo suas telas.


















segunda-feira, 23 de março de 2009

O abstrato, a música e um computador

Nesta sexta, quem passou pela casa da MCD pôde conferir o som de Psilosamplers. O show apresentado por Zé é o resultado de inúmeras experiências malucas pelo universo musical pouco explorado pela tradicional cultura pop. As músicas relembram vários temas, cantigas, texturas, remixes entre colagens e sampleadas, a favor de um ambiente sonoro abstrato e sem maiores preocupações com tradição musical. Suas performances em tempo real costumam ser feitas apenas com um computador executando softwares, em busca da precisão máxima, melodias e ritmos alucinantes, explorando eletronicamente diversas influências, algumas delas regionais, folclóricas e psicodélicas. Confira as fotos do show e de quem passou por lá e curtiu um pouco do universo musical dos breaks, idm e da brain dance.












sábado, 21 de março de 2009

Workshop de Serigrafia

A serigrafia é o domínio da técnica de fazer com que as imagens formadas pelas mentes criativas se transformem em cores e traços estampados em tecidos. Graças à sabedoria dos povos do oriente, com a evolução do estêncil, a arte cresceu e chegou até o ocidente. De Marcel Duchamp à Andy Warhol, muitos artistas usaram a serigrafia em seus trabalhos.

No Brasil, o estúdio SHN é um dos mais respeitados na arte da serigrafia, reunindo diversos artistas de talentos e técnicas únicas. Amanhã, dia 22, o pessoal da SHN estará no MCD Lab #1, coordenando o Workshop de Serigrafia, que acontece à partir das 15h. Mas atenção: só os 20 primeiros que chegarem cedo e se inscreverem antes da aula é que serão privilegiados. Esperamos vocês lá!

Tour virtual pela casa do MCD Lab #1

Para romper a inércia é preciso motivação. E motivação é aquilo que mexe com os sentidos, provocando sensações de necessidade e saciação. É isso que o MCD Lab #1 provoca nas pessoas. Se você ainda não visitou a casa, ainda há tempo. E se você precisa de um motivador para vencer a inércia, faça um tour virtual pela casa, e complete a sua experiencia indo até lá:

MCD Lab #1 na sua casa

Se você visitou a exposição, ou viu as fotos das obras aqui no blog do MCD Lab #1, saiba que elas estão à venda, com renda total para o artista. Considerando o nível das artes que estão na casa, os preços são quase "simbólicos".



Os interessados podem falar com a organização do evento pelo e-mail lab.mcd@gmail.com .

sexta-feira, 20 de março de 2009

Workshop de Produção Musical e Dub



Entender o dub é entender como o homem dominou a tecnologia em prol de uma arte que é a música. Por muito tempo o homem foi refém da máquina. A revolução sonora aconteceu na Jamaica, nos anos 60. Foi lá que o produtor e DJ Victor Rice buscou suas influências para entender a arte do Dub, e criar a sua própria técnica.

Como a transmissão de conhecimento também é uma forma de manifestação artística, Rice estará no MCD Lab #1 amanhã, dia 21, à partir das 17h, passando os seus ensinamentos a todos que se amarram em fazer um som, no Workshop de Produção Musical e Dub, além de responder as perguntas do pessoal e, é claro, fazer uma demonstração ao vivo de suas experimentações musicais. Chegue cedo: só os 30 primeiros que chegarem na casa e se inscreverem é que vão ter esse privilégio. Participe!!!

A noite do Takara

A noite do dia 18 na casa do MCD lab #1 foi inebriada pela conjunção formada com a galera que esteve presente. Ao som de Maurício Takara, o ambiente ganhou novos ares e novas percepções, misturando arte, música e interação. Só quem esteve lá é capaz de descrever a sensação. Para quem quiser uma amostra do que rolou, congelamos pequenos instantes em imagens e trouxemos para você:
























MCD Lab #1 na MTV

A verdadeira arte é aquela que mexe com a percepção do grande público, provocando sensações e reações, nunca sendo indiferente. O pessoal da MTV percebeu o que um evento como o MCD Lab #1 é capaz de fazer e foi de perto conferir o que tem de tão especial por trás das paredes da casa. O resultado você vê abaixo:



quinta-feira, 19 de março de 2009

Entrevista com Emerson Pingarilho



O desenhista gaúcho-amazonense resolveu assumir e se convencer de que, o que ele sabe mesmo fazer, é desenhar! Atualmente dedica-se às possibilidades do desenho a nanquim e através disso invoca imagens vindas de sonhos premonitórios, seres eróticos, bestas celestiais, potência onírica, shamanismo urbano, o amor incondicional e o delírio. Participa da Irmandade Upgrade do Macaco, onde vários amigos/artistas se unem com um propósito comum na exploração do imaginário. Além disso, Pingarilho está expondo no MCD Lab, confere aí a entrevista que fizemos com ele.

Qual é a primeira manifestação de arte que você lembra de ter na sua infância?
Dos amigos violeiros dos meus pais, a gente descia o Rio Negro, ficava três diasnuma praia deserta só no sonzinho da viola.

Aquele clichê de ‘nada se cria, tudo se copia’ vale pra você?
Se ter o bom senso, ter consciência e conhecimento da história da arte, se for pra isso, então já implica usar as técnicas dos antigos. As pessoas geralmente têm suas opções: usar técnicas para desenvolver o novo, ou ser um imitador. Quem busca o novo sabe das dificuldades de ser aceito em qualquer lugar. Porque difere, o imitador é como o causo do garotinho que faz sua banca de limonada na rua, se for sucesso, todos os outros vão fazer igual e na mesma rua, essas "novidades" chamam atenção, mas... Acho que o clichê se aplica as duas coisas, mas sabemos que a intenção difere.

O que você fazia antes de começar a trampar com arte? Faz alguma coisa além disso hoje?
Já trabalhei em produtora, mas é muita gente, até demais. Tenho sido bem recebido desde que comecei a mostrar meus desenhos. Na verdade é muito mais trabalho e esforço para conseguir as coisas, mas sem sofrimento...

Qual é a tua base de criação? Usa alguma técnica?
Uso várias, na verdade a abordagem para desenhar não existe regras, mas sim experiências adquiridas. O que existe são artistas que desenvolveram técnicas pessoais que foram se alastrando e se desdobrando. Sou um amante do gravurismo.

Qual a melhor atividade não-artística que você não abre mão?
Dançar!

No futuro arte será vendida em pílulas ou as pessoas já estão se dando conta da necessidade dela?
No Brasil existe a noção de que a expressão artística não é um mero adorno. Possuímos uma história, das escolas baianas de pintura do séc. XIX ao pintor Guignard. Temos outros momentos lembrados como o de Lygia Clark, as pessoas sabem que arte é algo renovador para a alma, mas nossa época atual (ou diria, atualizando o momento), existe um certo preconceito daquilo que vem de fora das tradicionais escolas de arte, e isso se alastrou enormemente nos últimos 15 anos. Existe uma necessidade? A de fazer. As percepções e as gerações estão mudando...

Qual foi a coisa mais importante que você já fez pra conseguir chegar onde você está?
Foi provavelmente ter tido vergonha na cara pra assumir que desenhar é a melhor coisa que eu sei fazer na vida.

O que é o Upgrade do Macaco?
O Upgrade do Macaco é uma Irmandade, somos amigos há muito tempo e temos muito em comum na exploração do imaginário. Pra nós é como uma nave-mãe, nos leva através das dimensões da mente, não se trata de ideologia ou qualquer outra patologia. A Irmandade existe porque somos irmãos de sangue, é a tinta que flui e nos move. Começou comigo, com o Geraldo Tavares, 9Li, Averara, Wagner Pinto, Carla Barth, Luke Scherer, Luiza Ritter, Carlos Diaz, Trampo e Ale Marder. Acho que a Irmandade sempre se eleva quando um de nós se manifesta. Mesmo assim sua existência é interior, está dentro de cada um de nós, atualmente nossa manifestação física tem sido o site (upgradedomacaco.com.br), mas quanto aos projetos futuros, isso é uma surpresa.



Short Cut
Do que você mais tem medo: De mim mesmo. Daniel Johnston diz assim: "Fear yourself, love your enemies".
Melhor artista vivo: Lucien Freud.
Um disco pra ouvir pro resto da vida: Pink Moon do Nick Drake.
Gostaria de beber com (artista vivo ou morto): Jean Delville.
Se eu morresse amanhã: Voltava da cova pra fazer um dance!
O que tu espera do MCDLab? Que todos os amigos compareçam pra representar!
Uma cor: A inexistente.
Moda é: Uma delícia.
Arte é: Viver!

quarta-feira, 18 de março de 2009

Vernissage em movimento

Para você que curtiu as fotos do evento de abertura do MCD Lab #1, ainda tem mais! Confira abaixo o vídeo exclusivo da festa que rolou na casa no dia 16:

Pulsando energia pelas paredes

Foi dada a largada no MCD Lab #1. As paredes da casa pulsam cores, sons e sensações em cima dos visitantes. A interação da galera com as diversas formas de manifestação cultural criou uma energia acolhedora no projeto. É difícil ficar indiferente, da mesma forma que é irresistível evitar um joguinho de sinuca com o pessoal. E não se admire se o seu parceiro de jogatina for um dos artistas expositores, ou um dos músicos que se apresentam à noite. Só quem passar pela casa mais explosiva de São Paulo vai poder conferir de perto o que a gente traz pra você em fotos:




Carolina Sanchez e Roberta Cajado, as responsáveis pela produção.






















Crédito das fotos: Sodré