sexta-feira, 13 de março de 2009

As atrações musicais do MCD Lab #1

Quando o som transcende a barreira do tradicional para se fundir com o experimentalismo e se tornar arte? A resposta está na performance dos artistas que mostrarão sua arte no MCD Lab #1. À partir das 20h, eles irão mostrar a sua arte dentro do projeto. Confira aí embaixo quem estará lhe esperando na casa:

GUIZADO//
Quando imaginar que um instrumento clássico como o trompete iria se encontrar com o som da música eletrônica? O trompetista Gui Mendonça visualizou essa mistura. A banda, que conta com o multinstrumentista Curumin (bateria), além de Ryan Batista (baixo) e Clayton Martins (guitarra), se volta para as composições instrumentais feitas à base de instrumentos de sopro e batidas digitais. Mas o Guizado não é jazz, e tampouco é rock ou hip-hop. É uma colagem original de tudo isso e mais um pouco. Embora empurrado por um pulso quase robótico de tão eletrônico, o ritmo é sempre guiado pelo transe da ancestralidade afro.

VICTOR RICE//O baixista e produtor musical nova-iorquino é aficionado pela sonoridade jamaicana dos anos 60 e 70. Tocou em algumas das bandas de ska mais importantes da América, como New York Ska-Jazz Ensemble, Stubborn All-Stars e The Scofflaws. Produziu o primeiro disco dos Slackers, um do Pietasters, outro do Articles e outro do Skavoovie & The Epitones, por exemplo. Rice ficou mais conhecido recentemente por ter tocado baixo no disco “Dub Side Of The Moon”, elogiada versão dub do álbum clássico do Pink Floyd, lançada no aniversário de trinta anos do original pelo Easy Star All-Stars, de NY.

MJP & DJ ASMA//

Luiz Rodrigues aka DJ Asma faz parte do coletivo Porqueeu, atua como DJ de Rincon Sapiência, turntablism com o Lunattackz Crew e convidado a discotecar ou somar com o uso do toca disco em projetos musicais diversos, além de trabalhar como videomaker. Sua especialidade é a música marginal brasileira e o real hip hop. Já Marcelo MJP busca, através de samples, produzir trilhas sonoras instrumentais abstratas como forma de expressão, que segue em ligação também com seus trabalhos de arte e pintura. As influências musicais são vastas, resultado de pesquisa intensa dos dois integrantes, gerando assim uma fusão de estilo de difícil definição nas composições que tem o improviso como fundamental peça de execução.

MAMELO SOUND SYSTEM//

Mamelo Sound System é um grupo de hip-hop afro-futurista brasileiro. Entidade sônica urbana movida a batidas, rimas & a vida, capitaneada pelos microfones de Lurdez Da Luz e Rodrigo Brandão, surgiu em 2000 com a missão de pavimentar novas avenidas no imaginário do hip hop brasileiro. Em cinco anos, o grupo é dono de um histórico que inclui parcerias com figuras de destaque no cenário nacional e internacional, como Black Alien, Naná Vasconcelos, DJ Marky, Nação Zumbi, J.T. Meirelles, mundo livre S/A, Thaíde & DJ Hum, Afrika Bambaataa, o grupo nova-iorquino Wax Poetics, o DJ J-Period do Zion I e Rahzel, o beatboxer do The Roots. Hoje o combo se completa com Professor M.Stereo no comando das batidas/efeitos e DJ PG nos scratches.


AKIN//
Artista associado à cena underground do rap nacional, Akin faz parte de um coletivo de produtores e MCs batizado de O.A.R.H. (O Ataque da Raça Humana). Ao vivo, costuma se apresentar sozinho, na companhia apenas dos beats que ele mesmo dispara, ou ao lado de DJ Mako, atual parceiro de palco. Crítico intransigente dos caminhos comerciais que o rap vem trilhando, coloca em suas rimas o cenário cinza que observa. No Brasil, é um dos únicos a difundir o spoken word - poesia falada e fluida, livre de métrica, que tem Saul Williams como expoente. Em tempos de total absorção da cultura de rua pelo mercado, num momento em que MCs batalham pela fama e não mais pelas rimas, Akin se mantém independente, irredutível e autêntico, preocupado apenas em fazer música de forma original e sincera.


ELMA//
Desde que surgiu em 2002 na cidade de São Paulo, o ELMA, optou por manter-se como uma banda instrumental indo na contramão de tudo que tornou-se convencional no metal. Atualmente, contam com Fernando na bateria, Ricardo no baixo e nas guitarras Bernardo e Paulo. Espancam os ouvidos e sentimentos de muitos com estruturas musicais complexas e originais. Sobre seu CDEP, por Trama Virtual: "São apenas nove minutos, divididos em quatros faixas, todas instrumentais. Mas para que mais? Isso foi tudo que o Elma precisou para mostrar com brilhantismo que metal ainda pode ser inovador. Cinco integrantes com os braços afetados por ícones como Black Sabbath, Neurosis e Pelican se juntaram para fazer do Elma também uma referência. Metal pesado, cru, lento, sujo e, principalmente, inteligente.”

PSILOSAMPLERS//
Psilosamples é o resultado de inúmeras experiências malucas pelo universo musical pouco explorado pela tradicional cultura pop. Produzido por Zé, Psilosamples relembra vários temas, cantigas,texturas, remixes entre colagens e sampleadas, a favor de um ambiente sonoro abstrato e sem maiores preocupações com tradição musical. Suas performances em tempo real costumam ser feitas apenas com um computador executando softwares, em busca da precisão máxima, melodias e rítimos alucinantes, explorando eletrônicamente diversas influências, algumas delas regionais, folclóricas e psicodélicas. Uma apresentação ácida, de um improvável refinamento pelos universos dos breaks, hip hop,idm, Brain Dance, techno,entre outras denominações que Psilosamples se caracteriza atualmente.

M TAKARA 3//
Falar de Maurício Takara é falar do próprio desenvolvimento da música independente de São Paulo do fim da década de 90. A desconstrução e os improvisos, dois dados fundamentais na estética de sua produção autoral no M.Takara, são termômetros de seu próprio desenvolvimento como artista e suas motivações estéticas. Suas apresentações contam com Rogério Martins (Hurtmold) e Richard Ribeiro (São Paulo Underground). Seu novo trabalho, “Ocupado como Gado com Nada pra Fazer”, dá sequência aos seus trabalhos anteriores, mais herméticos e atrelados a expansão de um projeto artístico singular, e o coloca na seara da música pop e dançante.

Um comentário:

  1. gostaria de saber se para o workshop do dia 22 com o shn precisa fazer algum tipo de inscrição

    obrigado!

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